25 abril 2007

Continuamos nesta Causa sem fim!


"Somos um/somos dois/somos três/somos milhões/somos muitos a gritar não." Não foram milhões, mas foram milhares - oito a nove mil pelas contas da polícia, embora a organização tenha apontado 20 mil - os defensores do "não" no referendo de 11 de Fevereiro que se juntaram ontem numa Caminhada pela Vida nas ruas de Lisboa. Duas horas a pé, entre a Maternidade Alfredo da Costa e a Alameda, ao som de tantos slogans quantas as associações e organizações que se juntaram à marcha.

"Estes são os filhos da Nação/ crianças por nascer/ansiosos por viver/uma nova geração." Ao cântico que ia sendo entoado num trajecto que a organização dividiu por etapas - concepção, nascimento, infância, adolescência, juventude, idade adulta e idade dos avós - juntaram-se centenas de cartazes. Uma só mensagem, versões para todos os gostos: "Pela Vida, com Amor"; "Abortar por opção quando bate um coração? Não"; "Já fui embrião, agora ancião"; "Obrigado mãe, por ter nascido". E, numa caminhada que contou com a presença de inúmeras crianças, as vozes sempre a acompanhar, mesmo com ecos de outras marchas - "A vida concebida jamais será vencida!"


Em defesa de uma "causa sem fim", sustentou Margarida Neto: "Na vitória de 98 fizemos história, a partir de então foi uma bola de neve. Multiplicaram-se obras e instituições dispostas a lutar pela defesa da vida, somos hoje uma multidão de amigos, unidos pela mesma causa." Também defendida pela espanhola Esperanza, que há 12 anos sofreu um "aborto provocado": "Temos direito a que nos informem, temos direito a que nos dêem alternativas porque não queremos abortar." Pelo palco passaram também representantes de movimentos contra o aborto em França e Itália. "Nós, franceses, não desejamos que Portugal sofra uma catástrofe semelhante à que França tem sofrido", diria o francês George Martin, da associação Droit de Naître. "Roguemos à Virgem de Fátima que proteja este país e não permita que seja levado a apoiar uma cultura de morte", acrescentaria ainda, antes de defender que "o direito à vida é um direito natural, anterior ao Estado, consagrado no mandamento "Não matarás".

Longe deste argumentário, Maria José Nogueira Pinto definiu a Caminhada pela Vida como uma "manifestação de cidadania que prova que a questão não é partidária, nem religiosa, é uma questão de sociedade". Uma "expressão de autenticidade e união em defesa do valor da vida", defendeu Bagão Félix, enquanto Ribeiro e Castro destacou a marcha como a prova da "vitalidade dos valores da vida e da família". Entre os muitos anónimos que percorreram as ruas de Lisboa, Joana Monteiro, 23 anos, diz ter-se juntado à caminhada por defender que o "aborto não pode ser uma alternativa" - "Está a passar uma mensagem errada de que o aborto é uma opção igual às outras. Não é. E a solução para o que é clandestino não pode ser a legalização."

In Diário de Noticias de 29.01.2007

3 comentários:

Caminhada pela Vida disse...

Hoje, no dia em que se celebra o 25 de Abril, dia da "liberdade"??

Em nome dos que não tiveram Nome, dos que em nome desta tão proclamada "liberdade" são desprezados, deixo uma noticia que nos faz pensar que a nossa causa continua a ser a mesma.
A Caminhada pela Vida!
Relembra-nos que somos milhões espalhados por este mundo fora! Seremos mais, mais fortes e ainda mais empenhados em defender a Vida desde a concepção até à morte natural. Porquê?
- Porque, apesar das dificuldades que a vida nos possa trazer, VALE A "PENA" VIVER!
Hoje, o dia nasce e morre na certeza de um amanhã que virá SEMPRE!
Um abraço a todos!
Joana

Anónimo disse...

Força!Estamos convosco.

Anónimo disse...

Joana,
sabemos que estás a fazer exames complicados aos olhos. Esses olhos que te doem, que veêm "pouco" mas que unidos aos olhos da alma e do coraçao tanto têm visto, reparado e tornado possivel,muitas das imagens, noticias, anuncios e denuncias, do nosso "Combate" pela vida. Tens sido uma licção para todos nós e por isso, força amiga, conta connosco e com a nossa oração.
beijinhos e pedimos ao SEnhor que te cure.
Sofia